Uma breve história do tempo.

Fábio Nunes
3 min readOct 1, 2019

Embora saiba que esse título pertence à uma das mais célebres e cultuadas obras do Stephen Hawking, eu não estou aqui para explicar o universo. Eu não estou aqui para explicar o início do universo, bem com como o surgimento do tempo. Eu não estou aqui para explicar o surgimento das quatro forças elementares como a gravidade, eletromagnetismo, força forte e a força fraca, que então possibilitaram a existência dos átomos mais simples no universo como o hidrogênio e hélio. Eu não estou aqui para explicar o como estes átomos então, foram se aglutinando devida à força da gravidade ao longo do limiar de centenas de milhares de milhões de anos, para que assim surgisse as primeiras estrelas, e desse modo, a evolução do universo e todo seu processo de aglutinação de estrelas para que tenhamos a formação das primeiras galáxias existentes. Eu não tô aqui para explicar o ciclo de uma estrelas, em todo seu mais profundo conceito de ciclo de existência: seu surgimento, sua vida e sua morte; Mesmo que embora seja uma parte crucial para o concernimento de nossa existência, uma vez que este ciclo seja fundamental para forjar os demais átomos no universo, que então possibilita o surgimento do DNA e RNA para que a vida seja possível no universo. Enfim não estou aqui para conjecturar sobre o futuro do universo, o como irá suceder-se ao longo dos bilhões e bilhões de anos, ou se haverá um fim ou haverá um novo começo.

Primeiro peço-lhe que compreenda o quão a nossa vida é breve perante a existência do universo ao longo de seu entorno de 15 BILHÕES de anos (Entenda, mesmo se quiséssemos contar 1 bilhão tão somente, levaríamos mais o que os anos da nossa vida ínfima para contar o tanto de números que essa quantidade carrega). Nessa momento possívelmente você deparou-se com a brevidade de nossa vida, o quão é a fagulha da existência que a nossa vida representa perante a idade do nosso universo, o quão pequena é a existência da humanidade ao longo dos 4 bilhões de existência do planeta Terra, e não um pouco mais do que os 5 bilhões da existência do sistema solar.

Agora com o devido esforço para entendermos, busquemos então generalidades para compreender os altos que fazem essa brevidade de nosso tempo enquanto seres existentes serem tão significativa— mesmo embora haja muitos pormenores e especificidades que variam de pessoa para pessoa.

E é aqui então que vou de encontro ao título desse texto.

Nossa vida é um ciclo: nascemos, vivemos e morremos. Cada um de nós, enquanto existentes temos lidar com as nossas próprias breves histórias do tempo. Temos que viver, temos que existir, temos que buscar um significado para que então a nossa vida tenha um significância no universo. Enquanto buscamos, praticamente toda a nossa vida é transição — Observe o quanto a nossa vida muda de tempos em tempos, de quantas experiências vamos vivenciando, de quantas pessoas vamos conhecendo e desconhecendo ao logo da nossa caminhada, de quantas pessoas temos que despedimos, de quantas outros seres que em também em suas breviedade, passam pela mesma situação que é a existência. E aqui buscamos sempre evoluir — mesmo sabendo que evolução não implica necessariamente em tornar-se uma pessoa melhor; estámos sempre buscando tornar-nos alguém mas nunca tornando nos aquilo almejamos como ideal. Sempre inquietos consigo mesmo, sempre pensando em ser alguém diferente do que se é no presente — isso não é de todo mal, afinal é a força motriz que impulsiona a nossa vida.

Como disse anteriormente, viver é transição e é exatamente esse o motivo o que torna do o ciclo de nossa vida tão significativa. Somos o que somos porque temos a plena convicção que iremos morrer um dia, e por saber que iremos morrer um dia, vamos mostrando quem somos e vamos sendo como podemos.

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